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Subestimada, entorse do tornozelo pode gerar sequelas para toda a vida

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A entorse de tornozelo é a conhecida “torção no pé”. Um buraco no trajeto da corrida, um degrau inesperado ou até mesmo um momento de distração com salto alto podem levar a um movimento brusco de inversão do tornozelo, o que gera lesões, edema e dor na região lateral dessa articulação.

Talvez por ser muito frequente, a entorse não costuma receber a devida atenção. Muitas vezes é apenas tratada com gelo e alguns dias de repouso. Porém novas pesquisas vêm questionando se torcer o pé é mesmo algo pouco preocupante.

Um grupo da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, convidou vinte jovens que haviam sofrido entorse de tornozelo para participar de uma pesquisa. Eles apresentavam instabilidade crônica, problema comum após esse tipo de lesão, na qual o tornozelo deixa de ser firme o suficiente para as atividades do dia a dia.

Você é capaz de perceber quando a dor pode ser o início de uma lesão?

A quantidade de movimento durante o dia desses jovens foi monitorada com um pedômetro e comparada com a movimentação de jovens que nunca tiveram entorse. O resultado mostrou que quem teve entorse de tornozelo andava menos (em média dois mil passos a menos) mesmo após a entorse ter sido considerada curada.

Os mesmos pesquisadores também fizeram experimentos com ratos. Eles lesionaram os ligamentos do tornozelo do animal de forma similar a uma entorse em humanos. Após a lesão induzida ter sido considerada cicatrizada, os ratos também se movimentaram menos. O estudo foi ainda mais além e acompanhou a movimentação dos animais até sua morte natural. Os resultados mostraram que a entorse de tornozelo gerou sequela por toda a vida do animal.

É claro que o que acontece com um rato é diferente do que acontece com um humano. Porém essas pesquisas levantam um alerta para o cuidado com o tornozelo. Treinar a capacidade de manter o equilíbrio e o fortalecimento do pé e tornozelo são pontos importante para a prevenção da entorse, ainda mais se essa lesão levar a uma diminuição do nível de atividade física ao longo da vida.

fonte: Eu Atleta, escrita pela Dra. Raquel Castanho